Muito melhor do que desenhar num diagrama as diferentes seções de uma orquestra e como estas seções se arranjam sobre o palco, seria ver, e ouvir, esta “máquina de fazer música” funcionando ao vivo. Pelo menos isto era o que achava Benjamin Britten, um dos mais importantes compositores ingleses e patrono da orquestra para a qual eu trabalhava em Londres, a English Chamber Orchestra.
Britten compôs uma peça chamada Guia da Orquestra para os Jovens com esta finalidade. Uma pequena frase musical é executada pelos diferentes instrumentos e seções da orquestra em inúmeras variações. Pode-se ouvir claramente como o timbre, dinâmica e articulação variam de instrumento para instrumento. Ao final, um trecho em fuga é tocado pelos instrumentos todos, seção por seção, como uma batata quente passada de músico para músico.
Para Britten, “jovem” não queria dizer “criança”, e a beleza desta pequena obra pode ser aproveitada por jovens de 5 aos 85.
Está dividida em duas partes. A maravilhosa fuga está nos 5’33’ da segunda parte.
1ª parte
2ª parte
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