quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sexo, morte, suborno, vingança, fantasmas...quem disse que ópera é chato?

Este é o título de um artigo do tablóide inglês Sun (um Notícias Populares britânico), que diz que ópera tem mais sexo, drogas e rock'n'roll que a novela das 8h. E para provar convida os seus leitores para comprar ingressos para uma semana de espetáculos de Don Giovanni na Royal Opera House pagando R$ 30,00 por ingresso.

AMEI! Imagine milhares de leitores do Sun (pense em torcedores do Corinthians misturados à platéia do Calypso) em uma noite na ópera, onde os ingressos mais caros normalmente custam R$ 800,00 e onde se encontra a granfinalha máxima Londrina.

Leia o artigo original aqui.

Prokofiev, Sinfônica de Dresden

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Crítica de música erudita

Em um blog há uma maravilhosa (pelo menos para quem é do ramo) discussão sobre crítica de concertos de música clássica. Infelizmente está em inglês, mas é uma ótima discussão.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Um outro Mozart

Os compositores brasileiros perdem inúmeras oportunidades de execução de suas obras por problemas prosaicos. Um deles é a dificuldade de se conseguir partituras de suas obras. Estive em Campinas, terra de Carlos Gomes, e ouvi muito sobre a dificuldade de se tocar Carlos Gomes por várias obras não estarem editadas e disponíveis para as orquestras brasileiras e estrangeiras.

Dando a sua contribuição, o Centro Cultural São Paulo decidiu editar e digitalizar partituras de Mozart Camargo Guarnieri, um de nossos mais consagrados compotirores, que serão executadas e gravadas em seguida.

O CCSP editou e digitalizou partituras dos três concertos para violino e orquestra de Camargo Guarnieri, além de suas transcrições de obras tradicionais brasileiras recolhidas por Mário de Andrade nos anos 30.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Repertório para uma mão

Pouca gente sabe que existe repertório para piano (Estudos e concertos) para uma só mão. Este repertório, apesar de poder ser executado por qualquer pianista, geralmente é composto por um compositor com um pianista específico em mente que, por acidente ou doença, perdeu um membro. Hoje em dia há alguns pianistas que sofrem de problemas debilitantes em uma das mãos (como distonia focal) e seguem uma carreira interpretando exclusivamente obras para uma mão só. Aqui o grande Leon Fleisher interpretando o concerto de Ravel.

domingo, 27 de julho de 2008

A hilária segunda escola Vienense

Acho que isto merece uma explicação. Na primeira metade do século XX, um brilhante grupo de compositores: Webern, Schoenberg, Alban Berg - criaram um nova estética que não se baseava nas tonalidades e basicamente contrariava todos os cânones existentes da música. Apesar de muito interessante e intelectualmente instigante, estas obras são, para a grande maioria do público, absolutamente insuportáveis.

Este comercial fake dos anos 70 brinca com a idéia de vender este tipo de música com os mesmos argumentos com que promovemos música mais acessível e popular.

Achei hilário!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Alban Berg Quartett

Promovemos há alguns dias os últimos concertos da carreira do Quarteto Alban Berg, considerado por muitos como o maior quarteto de cordas da atualidade. Após 37 anos de carreira eles se despedem do palco (pelo menos enquanto quarteto), o que deixou muita gente chocada. Chocados pois se perguntam como se pode abandonar uma carreira de sucesso, muito rentável, enquanto ainda há muito interesse neles como artistas.

Eu os acompanhei nestes dias e confesso que os entendo um pouco mais agora. A rotina de ensaios (alguns momentos registrados abaixo), vôos, hotéis diferentes a cada noite, etc, é extremamente extenuante. Se todo mundo entende quando um profissional de outra área decide se aposentar, porque não podemos entender que eles queiram se separar?

Uma das razões principais da decisão foi a morte de um dos integrantes originais há alguns anos, mas aposto que as intermináveis horas em salões de embarque, hotéis em cidades desconhecidas tiveram parte na decisão.

sábado, 19 de julho de 2008

Mais sobre o vinho e a música

Seria interessante fazer também o contrário e sugerir vinhos para quem gosta de certos tipos de música. Eu tenho uma especial predileção por Malbec, mas tenho até medo de perguntar que tipo de coisa preciso ouvir para apreciá-lo ainda mais. E se for Sepultura ou Bruno e Marrone?

Efeito da música no vinho

Uma universidade na Escócia fez um estudo com 250 estudantes dando-lhes uma taça de vinho e perguntando a sua opinião sobre o vinho. A pegadinha é que enquanto o vinho era provado, os estudantes também escutavam música ambiente. A conclusão do estudo foi que a apreciação do vinho variava enormemente com o tipo de música tocado, devido a associações cognitivas.

Em resumo, se você quiser gostar do vinho que pretende tomar (independente da qualidade do vinho), toque a música certa. Eles até dão algumas sugestões. Enjoy!

Para tomar Cabernet Sauvignon: All Along The Watchtower (Jimi Hendrix), Honky Tonk Woman (Rolling Stones), Live And Let Die (Paul McCartney and Wings), Won't Get Fooled Again (The Who)

Para Chardonnay: Atomic (Blondie), Rock DJ (Robbie Williams), What's Love Got To Do With It (Tina Turner), Spinning Around (Kylie Minogue)

Syrah: Nessun Dorma (Puccini), Orinoco Flow (Enya), Chariots Of Fire (Vangelis), Canon (Johann Pachelbel)

E para beber Merlot: Sitting On The Dock Of The Bay (Otis Redding), Easy (Lionel Ritchie), Over The Rainbow (Eva Cassidy), Heartbeats (Jose Gonzalez)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Além da partitura

Um programa sobre esta fascinante maneira de mostrar a música erudita:

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Chicago Symphony Orchestra

Uma discussão freqüente no mundo da musica erudita é a relacionada à forma da apresentação. O regente deve simplesmente subir ao podium e começar a reger? Deve introduzir a obra com um pequeno contexto histórico? Ou devemos realmente tentar revisitar o tempo e modo de vida do compositor? A CSO, nesta apresentação, optou pela terceira alternativa:

terça-feira, 15 de julho de 2008

Do ar

Stockhausen sempre foi um trangressor, em termos de conteúdo, instrumentação e forma. Entre as suas mais espetaculares composições está o Quarteto de Cordas do Helicóptero, em que os membros de um quarteto de cordas apresentam a peça em quatro helicópteros diferentes. Melhor ver do que explicar:

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Gazeta Mercantil

Saiu um artigo meu na Gazeta Mercantil, reproduzido abaixo sem a devida autorização:









segunda-feira, 7 de julho de 2008

Vendagens

Vendas de CDs caíram 11% em relação a 2007 mas vendas de música online subiram 34% no mesmo período. Claro que a redução nos CDs ainda não é compensada pelo aumento online mas, logo este equilíbrio talvez aconteça.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Pérolas aos porcos

Não querendo classificar de suínos os viajantes de trem, mas vejam a reação (ou falta de) dos passantes ao virtuoso violinista americano Joshua Bell, tocando ingógnito em uma estação de Washington.

Tavez a música, como um bom vinho, precise de "contexto", uma bela sala de concerto e alguém nos assegurando que aquilo "realmente é bom".

Enfim, coitado do Joshua...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Hallé Orchestra

A orquestra britânica Hallé, atração da Cultura Artística em setembro, celebra os seus 150 anos em 2008, o que a faz a mais antiga orquestra britânica. E o seu regente, Mark Elder, acaba de ser nomeado Cavaleiro pela Rainha Elizabeth.

Portanto, de agora em diante, Sir Mark, por favor.

Última chance de ver os Fab Four

Os ingressos para os dois concertos do Quarteto Alban Berg em São Paulo já estão esgotados. Agora a última chance de vê-los, para quem não conseguiu ingressos, é ir para o Rio. Os quatro se apresentam na Sala Cecília Meireles no dia 4 de julho às 20h. De lá, vão para a China, e encerram a temporada e a carreira.